sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

POSTAGEM DE MATÉRIA NO SÁBADO


Fonte:  http://criacionistaconsciente.blogspot.com/2009/04/monumento-lei-de-deus-estabelecido-em.html, acesso em 20/12/2011. 


Êxodo 20, 8-11

Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.

João 14:

Se me amais, guardai os meus mandamentos. (João 14: 15) Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. (João 14: 21)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Bibliotecas, civilização e barbárie em Itabaiana

Ouvi do amigo Milton Barboza a seguinte frase: "para saber se um local é civilizado basta olhar como estão (se existirem) as suas bibliotecas, arquivos e museus.". Comecei seriamente a refletir sobre as palavras e a partir delas pensar minha cidade. Se tomarmos por parâmetro nossas bibliotecas, Itabaiana está na civilização ou na barbárie? Na minha opinião vivemos um estágio diferente: a SELVAGERIA. 

A primeira biblioteca do nosso município, que se tem menção, data de 1875. O professor Damázio Leite (185?-1881) funda o Gabinete Literário de Itabaiana. Contudo, nossa primeira biblioteca durou apenas 5 anos. Em 1880, morria o sonho do idealista Damázio. 

Lá pelos idos dos anos 50, a Igreja Católica resolve montar uma pequena biblioteca ao lado da Igreja Matriz. Era a Biblioteca "Dom José Thomaz". Durante décadas, ela foi a principal biblioteca da nossa cidade. Porém, não resistiu a virada do século e fechou as portas.

É com Euclides Paes Mendonça, um semi-analfabeto, que a cidade ganha sua primeira Biblioteca Pública Municipal. Em 1959 é criada a lei que instalou no município uma biblioteca pública. Recebeu a honra de emprestar seu nome para a nova instituição cultural o rábula e farmacêutico Florival de Oliveira (1889-1967). Dr. Florival doou livros para a biblioteca. Contudo, poucos anos depois, a biblioteca acabou fechando as portas. Nos crepúsculo dos anos 70, a biblioteca volta a funcionar. Precariamente, diga-se de passagem...

Fiquei bastante constrangido quando em 2008 ouvi da coordenadora estadual do sistemas de bibliotecas palavras depreciativas em relação à Biblioteca Pública Municipal. Disse Sônia Carvalho que Itabaiana tinha uma das piores bibliotecas do Estado e um poder público omisso em relação à promoção do livro e da leitura.


Neste século (11 anos), a biblioteca funcionou em oito locais diferentes!!! Miseravelmente é uma biblioteca volante. Recentemente, a Biblioteca Pública vem recebendo melhorias. O acervo foi ampliado, o município realizou concurso para bibliotecário, há dois computadores exclusivos, mais de dois mil livos novos e etc. Atualmente, está situada no centro da cidade - na Praça Fausto Cardoso, 50, antiga câmara de vereadores. Mesmo assim, a biblioteca é muito pouco visitada. Dar para contar nos dedos de apenas uma mão a quantidade diária de consulentes. 

O local, apesar de bem situado, é inadequado para o funcionamento de uma biblioteca pública, como informa os manuais do Sistema Nacional de Biblioteca Públicas. O acervo permanece ainda sem ser inventariado e a bibliotecária aprovada em concurso público pediu exoneração. Os esforços da equipe da Secretaria da Cultura tem sido grande para reverter esse quadro. A ex-secretária Izabel Fontes operou um verdadeiro milagre ao estruturar uma biblioteca sem recursos financeiros. A atual secretária Edezuita Noronha vem se dedicando para oferecer uma biblioteca digna de um município com o porte de Itabaiana. 

O maior acervo bibliográfico do nosso município é a coleção particular do intelectual Alberto Carvalho, depositada na Biblioteca do campus UFS local. Alberto faleceu em 2002. Durante o processo de implantação do campus universitário Alberto Carvalho (UFS) a família resolveu doar o rico acervo bibliográfico para a biblioteca do Campus. Já se foram 5 anos e ainda os livros não foram organizados devidamente nem tão pouco catalogados. As obras foram apenas dispostas em prateleiras. Eu sei que o Campus tem bibliotecários e um corpo de funcionários técnicos. Por que essa situação? Cinco anos é um período considerável. 

Longe de sermos bibliotecamente civilizado, vivemos na selvageria e nos acostumamos com essa condição anti-cultural. Não me lembro de ter visto este ano uma única pessoa lendo um livro numa de nossas praças. Só vejo os donos de bancas de jornais reclamando que ninguém compra jornais ou revistas. Bibliotecas que fecham, que andam para cima e para baixo ou que os responsáveis não sabem qual o acervo existente. Que situação constrangedora para a cidade mais rica economicamente do interior sergipano.