domingo, 30 de outubro de 2011

Reflexões acerca da Bienal de Itabaiana


Caros Amigos,

Peço desculpas pela minha ausência na II Bienal de Itabaiana. Fiquei muito feliz com o resultado e os comentários. Os esforços de todos foram válidos. Hoje vivemos um novo clima cultural diferente nas encostas da lendária Serra de Itabaiana. Pela primeira vez na história deste município houve somação de esforços entre os mais diversos segmentos sociais para promover a cultura local. Faltamos muito para sermos uma cidade verdadeiramente cultural, mas um passo firme e decisivo foi dado na Bienal.

Estive durante todo o sábado na Igreja orando e louvando ao nosso bom Pai Eterno para que tudo acontecesse da melhor forma. Vejo que minhas preces foram atendidas. Soube que a Biblioteca Infantil de Itabaiana e o Museu agradaram muitos dos participantes da Bienal. Deixo aqui meu agradecimento ao amigo Luciano Correia, Luis Antonio Barreto, José De Almeida Bispo, Robério Santos, Ismael Moura, Jorge Pinheiro, Júnior da Perfil, Carlos Eloy, Jamyson Machado Gois, José Augusto Machado, Antonio Samarone e outros pelo empenho e superação em prol da cultura de Itabaiana.

A primeira vez que uma iniciativa cultural vingou em Itabaiana aconteceu no ano de 1875, com o Gabinete Literário de Itabaiana. Naquela época o Professor Damázio Pereira Leite foi duramente perseguido e a iluminista instituição cultural da rua dos lírios foi fechada em 1880. No século XX, a velha Loba abriu e fechou teatro, cinemas, museu, filarmônica, biblioteca, jornais... Nossos grupos folclóricos foram, um a um, desaparecendo e sendo olvidados. Contudo no século XIX, nossa cidade retoma a cultura como peça importante na construção da identidade ceboleira. Neste século, voltamos a ter duas filarmônicas, a biblioteca foi reaberta e hoje está mais estruturada, voltamos a ter um museu, as mídias digitais levam o nome de Itabaiana mais distante que os nossos caminhoneiros, novos grupos culturais começaram a surgir, novos e bons jornais brotaram desse terreno árido e tantas coisas boas. A administração pública reconheceu o valor da cultura e criou uma secretaria autônoma para tratar do tema. Continuamos sem Teatro, Cinema e outros espaços culturais, mas conseguímos muito para apenas uma década do novo século e temos muito a conseguir. Sonho em ver um Encontro Cultural de Verdade em Itabaiana, com as Universidades, empresários, agentes culturais, poder público e comunidade empenhados.


Depois da Bienal a Velha Loba Ceboleira não é mais a mesma, eu sinto isso.

Saudações culturais,

Wanderlei Menezes

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